segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Aplicação de Conceitos sobre Migrações

Texto 1

Com a chegada do último ano de curso e a entrada próxima no mercado de trabalho, eu e a minha irmã, começámos a ponderar a emigração para completar o nosso curso de Biologia e não só devido à crise que o país atravessa, mas também por causa de outros factores de repulsão. Londres, cidade repleta de multiculturalismo, fez com que a nossa decisão se tornasse mais fácil na medida em que teríamos a oportunidade de conhecer novas pessoas, diversas culturas e, principalmente, em que completaríamos o nosso currículo de forma positiva.

Deixar Lisboa, onde o pequeno bairro de Alfama é organizado, calmo e de rápida acessibilidade a toda a cidade; deixar a faculdade, e a nossa rotina, foi, inicialmente, um pouco difícil, mas o fluxo migratório foi facilitado pela energia, o movimento, e o espírito da mítica cidade inglesa que, apesar de muito mais frenética, nos faz lembrar Lisboa.

Hoje, estrangeiras, fazemos de uma inicial migração temporária, um plano para o futuro – pretendemos ficar. Estudar na Queen Mary University of London tem sido uma óptima experiência, não só pela interacção espacial mas também pelo confronto entre o espaço em que originalmente pensámos, o espaço que construímos e que passámos a vivenciar. A estadia numa residência de estudantes, a poucos metros da Universidade, a Lindop House, ajudou imenso na nossa integração e é curioso ver uma certa selectividade das migrações através das histórias dos nossos colegas.
Outro fenómeno com que aqui nos deparámos foi a fuga de cérebros, tão falada hoje em dia, isto porque temos vários professores que vêm de sítios tão distantes como a Europa Oriental, o Médio Oriente e a América Latina.
Apesar de todos os aspectos positivos da residência, a reunificação familiar, com a chegada do nosso primo, vai obrigar-nos a mudar para um pequeno apartamento em Mile End Road.

O balanço geral da nossa migração é muito positivo; para além da vantagem na nossa formação, com o acesso a laboratórios e a material de pesquisa super desenvolvidos, na nossa faculdade, há ainda o factor pessoal, pois conhecemos imensas pessoas e a oferta cultural é enorme e muito diversificada.


Trabalho realizado por:
Bárbara Rocha nº 4
Patricia Moura nº 17