sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

As Guerras da Água

Plano de Trabalho:

1. Água como recurso natural;
2. Conflitos associados à partilha e gestão das bacias hidrográficas:
2.1. As Bacias dos Rios Amudária e Sirdária,
2.2. A Bacia do Rio Nilo,
2.3. A Bacia dos Rios Ganges e Bramaputra;
3. Conflitos relacionados com a partilha e gestão de águas subterrâneas.


Guerras de Água:



1-A água como recurso natural:
A água é um recurso natural essencial à vida no Planeta.
Por ser um bem de sobrevivência, geram-se conflitos em torno da sua distribuição, pois não é um recurso que está igualmente repartido por todo o mundo em termos de qualidade e quantidade.
Estes conflitos estão presentes na gestão das águas (mares e oceanos) e no acesso e na gestão das águas doces (glaciares, rios e águas subterrâneas).



2-Conflitos associados à partilha e gestão das bacias hidrográficas
Um dos principais conflitos relacionados com as águas superficiais é a escassez de água acentuada em situações de partilha.
Os rios internacionais, criam problemas relacionados com a demarcação fronteiriça e também com a poluição das águas, fruto da relação entre países vizinhos.
Entre as demarcações fronteiriças, surgem dois indicadores, a linha do talvegue ou segundo as margens (esquerda e direita).
Outros dos problemas que se colocam aos rios partilhados ocorrem ou da aridez ou do excesso de precipitação.
Tomando como exemplos os rios Amudária e Sirdária; o rio Nilo; e ainda os rios Ganges e Bramaputra.

•Bacias dos rios Amudária e Sirdária
Situada na Ásia central, entre o Mar Cáspio e o Mar de Aral, os rios Amuário e Sirdária têm uma extrema importância para estas regiões devido ao seu caudal (volume de água) e às características agrícolas da sua respectiva cultura de irrigação.
Importa destacar as tensões étnicas e as crises políticas e sociais que marcam estes novos Estados emergentes.
Como consequência da alteração feita pelo Tajiquistão na sua produção hidroeléctrica, através da construção da barragem de Nurek, veio alterar o regime do rio, originando a escassez de água no Verão e cheias artificiais no Inverno.
O funcionamento e a existência destes “canais” fluviais poderão estar mesmo em perigo, dado que o Tuqueministão e o Usbequistão reivindicam um aumentosuplementar dos caudais dos rios Amuária e Sirdária, de forma a elevar o nível das águas do mar Aral.
Enquanto esta dupla bacia esteve sob gestão da URSS, a distribuição das águas foi mais igualitária. Actualmente, com a independência destes Estados, os que se encontram situados a montante passaram a exercer maior controlo sobre as águas, colocando os Estados a jusante em situação desfavorável.

•Bacia do rio Nilo
A luta pela água no Egipto assume uma importância vital já que 98%, do seu território é ocupado pelo deserto.
Apesar dos “direitos adquiridos” sobre o uso das águas só se ter iniciado nos anos trinta do século XX, a ligação entre o rio Nilo e o Egipto é milenar.
Em 1929,altura em que os ingleses iniciaram a cultura do algodão no Sudão e impuseram a seguinte divisão de água: 4km₃ para o Egipto e 48km₃para o Sudão, surgiu o problema da repartição das águas.
Com a independência do Sudão, em 1959, foi revista a anterior divisão das águas, passando a ser de 55,5km₃ para o Egipto e 18,5km₃ para o Sudão.
Como os Estados Ribeirinhos não foram tidos em conta no acordo de 1959, o conflito estava instalado.
O Egipto construiu a barragem de Assuão para superar o dilema de falta de água, conquistou terras ao deserto, e libertou-se da chantagem exercida pelos países situados a montante.
O Sudão construiu a barragem de Roseires e o Canal de Jonglei que permitiu a irrigação e a produção de energia hidroeléctrica para o Sudão e Egipto.
Com a vaga de independência dos anos 60, a luta pela água tornou-se uma questão de sobrevivência e de desenvolvimento. O rápido crescimento demográfico, a pobreza extrema, os movimentos forçados da população, as situações de guerra civil, a instabilidade politica e as tensões étnicas que se vivem em alguns países da bacia do Nilo apontam para relações de grande conflito que poderão ser exacerbadas se tivermos em conta os índices de vulnerabilidade hídrica.

•A bacia dos rios Ganges e Bramaputra
O rio Ganges nasce nos Himalaias e desagua na bacia de Bengala sob a forma de um extenso delta.
O caudal do Ganges, está marcado por uma forte dualidade climática: o período seco de Novembro a Abril e a época da monção (maior precipitação) de Maio a Outubro.
A bacia hidrográfica do rio Ganges é considerada uma das áreas com maior densidade demográfica a nível mundial. Devido ao elevado ”formigueiro humano”, estas águas vão sendo intensamente poluídas.
Todos os rios desempenham uma enorme importância económica e causou de imediato discórdia, uma vez que quase 80% da população se ocupa na criação de gado e da agricultura.
No momento em que a Índia decidiu construir a barragem de Farakka, causou muita tensão com o Bangladesh.

Conflitos associados á partilha e gestão de águas subterrâneas:



Águas subterrâneas:
Em países como do Norte de África (áreas desértica) existe uma particular necessidade de extrair água do subsolo.
Países como a Líbia tentando contornar este problema construíram um rio artificial para reduzir a dependência alimentar.
A construção deste Grande Rio Artificial desencadeou o conflito Líbio-Argelino.







O Grupo:

- Maria Carolina, nº12
- Pedro Filipe, nº18
- Sónia, nº19