sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

As Guerras da Água

Plano de Trabalho:

1. Água como recurso natural;
2. Conflitos associados à partilha e gestão das bacias hidrográficas:
2.1. As Bacias dos Rios Amudária e Sirdária,
2.2. A Bacia do Rio Nilo,
2.3. A Bacia dos Rios Ganges e Bramaputra;
3. Conflitos relacionados com a partilha e gestão de águas subterrâneas.


Guerras de Água:



1-A água como recurso natural:
A água é um recurso natural essencial à vida no Planeta.
Por ser um bem de sobrevivência, geram-se conflitos em torno da sua distribuição, pois não é um recurso que está igualmente repartido por todo o mundo em termos de qualidade e quantidade.
Estes conflitos estão presentes na gestão das águas (mares e oceanos) e no acesso e na gestão das águas doces (glaciares, rios e águas subterrâneas).



2-Conflitos associados à partilha e gestão das bacias hidrográficas
Um dos principais conflitos relacionados com as águas superficiais é a escassez de água acentuada em situações de partilha.
Os rios internacionais, criam problemas relacionados com a demarcação fronteiriça e também com a poluição das águas, fruto da relação entre países vizinhos.
Entre as demarcações fronteiriças, surgem dois indicadores, a linha do talvegue ou segundo as margens (esquerda e direita).
Outros dos problemas que se colocam aos rios partilhados ocorrem ou da aridez ou do excesso de precipitação.
Tomando como exemplos os rios Amudária e Sirdária; o rio Nilo; e ainda os rios Ganges e Bramaputra.

•Bacias dos rios Amudária e Sirdária
Situada na Ásia central, entre o Mar Cáspio e o Mar de Aral, os rios Amuário e Sirdária têm uma extrema importância para estas regiões devido ao seu caudal (volume de água) e às características agrícolas da sua respectiva cultura de irrigação.
Importa destacar as tensões étnicas e as crises políticas e sociais que marcam estes novos Estados emergentes.
Como consequência da alteração feita pelo Tajiquistão na sua produção hidroeléctrica, através da construção da barragem de Nurek, veio alterar o regime do rio, originando a escassez de água no Verão e cheias artificiais no Inverno.
O funcionamento e a existência destes “canais” fluviais poderão estar mesmo em perigo, dado que o Tuqueministão e o Usbequistão reivindicam um aumentosuplementar dos caudais dos rios Amuária e Sirdária, de forma a elevar o nível das águas do mar Aral.
Enquanto esta dupla bacia esteve sob gestão da URSS, a distribuição das águas foi mais igualitária. Actualmente, com a independência destes Estados, os que se encontram situados a montante passaram a exercer maior controlo sobre as águas, colocando os Estados a jusante em situação desfavorável.

•Bacia do rio Nilo
A luta pela água no Egipto assume uma importância vital já que 98%, do seu território é ocupado pelo deserto.
Apesar dos “direitos adquiridos” sobre o uso das águas só se ter iniciado nos anos trinta do século XX, a ligação entre o rio Nilo e o Egipto é milenar.
Em 1929,altura em que os ingleses iniciaram a cultura do algodão no Sudão e impuseram a seguinte divisão de água: 4km₃ para o Egipto e 48km₃para o Sudão, surgiu o problema da repartição das águas.
Com a independência do Sudão, em 1959, foi revista a anterior divisão das águas, passando a ser de 55,5km₃ para o Egipto e 18,5km₃ para o Sudão.
Como os Estados Ribeirinhos não foram tidos em conta no acordo de 1959, o conflito estava instalado.
O Egipto construiu a barragem de Assuão para superar o dilema de falta de água, conquistou terras ao deserto, e libertou-se da chantagem exercida pelos países situados a montante.
O Sudão construiu a barragem de Roseires e o Canal de Jonglei que permitiu a irrigação e a produção de energia hidroeléctrica para o Sudão e Egipto.
Com a vaga de independência dos anos 60, a luta pela água tornou-se uma questão de sobrevivência e de desenvolvimento. O rápido crescimento demográfico, a pobreza extrema, os movimentos forçados da população, as situações de guerra civil, a instabilidade politica e as tensões étnicas que se vivem em alguns países da bacia do Nilo apontam para relações de grande conflito que poderão ser exacerbadas se tivermos em conta os índices de vulnerabilidade hídrica.

•A bacia dos rios Ganges e Bramaputra
O rio Ganges nasce nos Himalaias e desagua na bacia de Bengala sob a forma de um extenso delta.
O caudal do Ganges, está marcado por uma forte dualidade climática: o período seco de Novembro a Abril e a época da monção (maior precipitação) de Maio a Outubro.
A bacia hidrográfica do rio Ganges é considerada uma das áreas com maior densidade demográfica a nível mundial. Devido ao elevado ”formigueiro humano”, estas águas vão sendo intensamente poluídas.
Todos os rios desempenham uma enorme importância económica e causou de imediato discórdia, uma vez que quase 80% da população se ocupa na criação de gado e da agricultura.
No momento em que a Índia decidiu construir a barragem de Farakka, causou muita tensão com o Bangladesh.

Conflitos associados á partilha e gestão de águas subterrâneas:



Águas subterrâneas:
Em países como do Norte de África (áreas desértica) existe uma particular necessidade de extrair água do subsolo.
Países como a Líbia tentando contornar este problema construíram um rio artificial para reduzir a dependência alimentar.
A construção deste Grande Rio Artificial desencadeou o conflito Líbio-Argelino.







O Grupo:

- Maria Carolina, nº12
- Pedro Filipe, nº18
- Sónia, nº19

Cáucaso, um caldeirão explosivo

Plano de Trabalho:

1. Localização geográfica: extremo oriente da Europa;
2. Geopolítica do Cáucaso;
3. Causas da instabilidade política;
4. Principais conflitos.


O Cáucaso, um caldeirão explosivo



O Cáucaso é uma região entre a Europa de Leste e a Ásia Ocidental, situado entre o mar negro e o mar Cáspio, que inclui a Cordilheira do Cáucaso e respectivas planícies. Faz fronteira com a Europa e a Ásia, sendo que alguns dos seus países se consideram transcontinentais.
Palco de guerras civis, conflitos separatistas, étnicos e entre nações, o Cáucaso tornou-se alvo estratégico de inúmeros territórios. Estes conflitos tiveram origem no desaparecimento da URSS no fim da Guerra Fria, devido ao traçado arbitrário das fronteiras estabelecido por Estaline, ditador soviético. Após a desintegração da URSS, deu-se a independência de três novos Estados: Arménia, Geórgia e Azerbaijão que pertencem à zona sul do Cáucaso. Na zona Norte, encontram-se oito repúblicas e regiões autónomas que permanecem na Federação Russa. Os conflitos são de interesse global uma vez que a região é um ponto estratégico devido aos oleodutos que atravessam a região, ligando as reservas de petróleo e gás natural do Azerbaijão e Cazaquistão a Moscovo e aos portos da Europa.

-Arménia vs. Azerbaijão
O território de Karabakh, maioritariamente muçulmano, pertence ao Azerbaijão mas da população que o habita, 80% é arménia e cristã.
1921- Karabakh é entregue à Arménia por um conselho regional do Cáucaso. Logo depois, as duas nações passam a fazer parte da URSS e Karabakh é concedido ao Azerbaijão como república autónoma;
1988- A Arménia reivindica o território e inicia-se uma guerra entre as duas repúblicas que se intensifica em 1991 com a retirada do exército soviético, após o fim da URSS;
1992- A Arménia conquista Karabakh de novo;
1994- É assinado um cessar-fogo devido ao colapso económico dos dois países, provocado pela guerra;
2001- Os presidentes das duas nações reúnem-se em duas ocasiões diferentes mas acabam por não chegar a nenhum acordo devido à forte resistência interna dos dois países.

Conflitos separatistas da Geórgia



Ossétia do sul
A Ossétia do Sul encontra-se dividida entre a Federação Russa e a Geórgia durante o regime estalinista.
1990- Ossétia do Sul declara a sua independência e deseja a reunião com a Ossétia do Norte;
1991- Geórgia torna-se independente da URSS e lança uma ofensiva militar contra os ossetas;
1992- Confronto entre a Geórgia e a Ossétia do Sul termina com a mediação da Federação Russa;
2008- A Geórgia invade a Ossétia e a Rússia intervém, tal como os Estados Unidos da América e a União Europeia que são aliados da Geórgia. Ainda nesse ano, o presidente russo reconhece a independência da Geórgia, Ossétia do Sul e da Abecásia. Contudo a decisão foi fortemente criticada pelos EUA e pela OTAN.

Abecásia
A Abecásia era habitada na sua maioria por abecásios até 1930 quando Estaline envia para a região milhares de georgianos tornando os abecázios uma minoria na população. Esta situação gera um movimento separatista dos abecásios, que não é reconhecido pela Geórgia pois afirma que estes são uma minoria.
1992- É criada a República Autónoma da Abecásia pelos rebeldes, dando início aos conflitos;
1993- É alcançado um cessar-fogo;
1994- Envio de uma força de paz da Comunidade dos Estados Independentes e de uma missão de observadores da ONU;
1999- A Abecásia promove um referendo sobre a independência que obtêm 97% de apoiantes mas que não é reconhecido pela Geórgia;
2000- Até este ano a ONU e a Federação Russa permanecem no território. 
-Conflitos separatistas na Rússia
A Rússia tem interesses geoestratégicos no controlo das companhias internacionais de petróleo, de transporte e reservas de recursos.
Chechénia
1991- Proclamação da independência da Chechénia;
1994- Operação militar na chechénia pela Rússia, chegando a ocupar a capital Grozni;
1996- Conclusão do conflito com o acordo de Jasiaviurt;
1999- Militares chechenos invadem o Daguestão, república muçulmana, para ali criar um estado islâmico;
Operação antiterrorista que deu início à segunda guerra da Chechénia;
Atentado de bomba em Moscovo e outras cidades russas;
2000- Militares russos adquirem o controlo de cerca de 80% do território;
Putin, o presidente russo rejeita a mediação internacional e coloca a Chechénia sob a sua administração;
2001- Insurgência de separatistas chechenos que armaram emboscadas contra as tropas federais e promoveram atentados ao governo russo em várias cidades;
2002- 40 separatistas chechenos ocupam o teatro de Dubrovka em Moscovo fazendo reféns;
2004- A acção dos extremistas chechenos estende-se também à Ossétia do Norte onde fazem reféns numa escola de Beslan provocando a morte de 335 pessoas;
Apesar dos conflitos na região já estarem normalizados e de esta se encontrar em plena reconstrução, são frequentes os confrontos com os rebeldes.

Daguestão
O Daguestão é uma república russa maioritariamente muçulmana que abriga 32 povos diferentes. Constitui uma região estratégica devido aos campos de petróleo e oleodutos que a atravessam.
1999 - Rebeldes fundamentalistas muçulmanos desencadeiam uma revolta fracassada à qual o povo russo respondeu com uma ofensiva militar;
Os atentados terroristas e movimentos de insurgência são frequentes na região.

Inguchétia
1920- O povo russo estabelece o seu poder na Inguchétia através da União Soviética;
1934- A Chechénia e a Inguchétia foram unidas para formar o ” oblast” uma espécie de distrito autónomo na Rússia soviética;
1936 - Neste ano os dois territórios tornam-se uma república autónoma;
1944- Estaline acusou os inguchétios de colaborar com os nazis na 2ª Guerra e estes foram deportados para a Ásia central só regressando à sua terra natal em 1957;
1991- Declaração da independência da Chechénia e consequente separação dos inguchétios que formaram a sua própria república;
1992- A Rússia reconhece a Inguchétia como uma república soberana na Rússia e exige a devolução do distrito de Prigorodni Rayon à Ossétia do Norte, o que inicia uma série de conflitos levando à fuga dos cerca de 50 mil inguchétios que viviam na Ossétia;
A Inguchétia continua a ser uma das regiões mais pobres da Rússia.

Ossétia do Norte
Com o colapso da União Soviética os ossetas ficam divididos em dois estados Geórgia (Ossétia do sul) e Rússia (Ossétia do Norte).
1990- O Soviete Supremo da Geórgia aboliu a autonomia da Ossétia do Sul aumentando as tensões étnicas na região e levando a uma guerra, o que provocou a fuga da população para a Ossétia do Norte. Isto resultou num elevado número de refugiados, cerca de 70 mil, na Ossétia do Norte;
1992- Confronto com os inguchétios que viviam no distrito de Prigorodny que causou mais de 500 mortos;
2004- A Ossétia do Norte sofreu as consequências do conflito checheno com a tomada de reféns de Beslan. Neste episódio muçulmanos separatistas chechenos ocupam uma escola fazendo reféns, o conflito só acaba com um tiroteio entre os terroristas e as forças russas causando a morte de 335 civis;
Os ossetas acusam a minoria inguchétia muçulmana de fomentar o terrorismo na região.



O Grupo:

- Bárbara Rocha, nº 4
- Patrícia Moura, nº 17
- Maria Carolina, nº 23

Conflitos Regionais - Curdos e País Basco

O nosso trabalho consiste na análise de dois conflitos regionais assentes em nacionalismos exacerbados, demonstrando a vivência do povo Curdo, povo discutido mundialmente, e a base da disputa pela autonomia do País Basco.Contextualizando o movimento da Organização ETA.

Plano de Trabalho:

1. Localização geográfica;
2. Breve apresentação histórica com base na origem dos povos;
3. Contexto actual visando a acção nacionalista e a opressão dos Estados opositores.


Curdistão


Os curdos são descendentes do povo Hurrita que se fixou na região do Curdistão no 1º milénio a.C. Estes espalharam-se pela Mesopotâmia e juntaram-se a uma variedade de povos e tribos das terras baixas.
A sua língua pertence a um subgrupo noroeste do ramo indo-iraniano, tendo sido a língua hurrita a sua primeira língua oficial, ainda evidente na construção gramatical. A maioria dos curdos é bilingue ou poliglota, falando línguas vizinhas como o árabe, o turco ou o persa.
Desconhece-se o número exacto de curdos no Médio Oriente devido aos recenseamentos recentes e à relutância dos vários governos em fornecer dados.
De acordo com estatísticas, os curdos deverão compreender cerca de 20% da população da Turquia, 15 a 20% do Iraque, 7% do Irão, 6% da Síria e 1,3% da Arménia. É estimado que o povo curdo seja cerca de 25 milhões.

Curdos no Iraque
1970 – Iraque anuncia plano de paz contemplando a autonomia curda, que seria implementado em 4 anos.
No entanto, ao mesmo tempo, o regime iraquiano iniciou um programa de arabização em regiões ricas em petróleo, interrompendo o acordo de paz e iniciando, em 1974, uma nova ofensiva.
1975 – Pacto de Argel, Iraque e Irão os cortam todos benefícios dos curdos e enviam árabes para campos de petróleo no Curdistão;
1980 – Guerra civil: assassinatos em massa, destruição generalizada, deportação de milhares de curdos;
O Iraque foi amplamente condenado pela comunidade internacional mas nunca foi seriamente punido pelos meios opressivos que levaram à destruição de 2 mil aldeias e à morte de milhares de curdos.
1991 – Após afirmação curda por parte da União Patriótica do Curdistão e Partido Democrático do Curdistão, tropas iraquianas recapturam regiões curdas, levando à fuga de milhares de curdos.
De modo a conseguir alguma estabilidade, o Conselho de Segurança da ONU estabeleceu uma “Zona de Exclusão”, que passou a ser controlada pelos partidos rivais UPC e PDC. Em 2003, os curdos receberam com prazer as tropas americanas que expandiram a área controlada pelas forças curdas.
2006 – As duas regiões curdas foram unidas, criando uma região unificada.
Curdos na Turquia
1915 a 1918 – Os curdos lutaram pelo fim do domínio Otomano, apoiados pelo Presidente Wilson e pelos seus 14 pontos de defesa das nacionalidades e reivindicaram a sua independência nas Conferências de Paz;
1920 – O Tratado de Sèvres determinou a criação de um Estado Curdo Autónomo que ocuparia essencialmente parte da actual Turquia e território iraquiano.
A descoberta de jazidas de petróleo e o temor da influência soviética contribuíram para o fim deste estado curdo.
1923 – Tratado de Lausanne, sem menção ao território como sendo curdo;
O acordo levou ao reconhecimento internacional da nova República da Turquia como sucessora do extinto Império Otomano e anulou o tratado de Sèvres, de 1920, que não chegou a ser ratificado pela Turquia.
1991 – Proibição da língua curda na Turquia, que reprimiu oficialmente qualquer expressão de identidade curda;
Como resultado de intervenções da União Europeia, as transmissões de rádio e de televisão em curdo são agora permitidas, embora com severas restrições de tempo. Além disso, a educação em curdo agora é também permitida em algumas instituições privadas.
Partido de Trabalhadores do Curdistão – considerado terrorista pelos EUA e UE, por lutar pela criação de um Estado independente num território consistindo em partes do sudeste da Turquia, nordeste do Iraque, nordeste da Síria e noroeste do Irão, sendo uma organização étnica separatista que usa a força contra alvos civis e militares.
Despovoamento da Zona Curda – provocada por atrocidades do PTC contra clãs curdos que eles não conseguiam controlar, pela pobreza do sudeste turco e pelas operações militares do estado turco com uso da força. Estima-se que 3000 vilas e aldeias curdas na Turquia foram verdadeiramente varridas do mapa, o que representou o deslocamento de mais de 378 mil pessoas.
Curdos no Irão
Século XVII – Um grande número de curdos foi deportado por Abbas I da Pérsia por meio da força para o Irão ocidental;
1946 – A República de Mahabad, apoiada pelos soviéticos, foi estabelecida no Curdistão iraniano, a norte do Irão, como parte de uma série de estados fantoches soviéticos e durou apenas 14 meses;
1953 – Após golpe militar, Mohammad Pahlavi tornou-se autocrático e suprimiu no Irão a maior parte das minorias étnicas, como os curdos;
1979 a 1982 – Lutas intensas entre curdos e o estado iraniano, tendo sido declarada uma “Guerra Santa” contra os curdos.
Desde 1983 – o governo iraniano mantém o controlo sobre todas as áreas habitadas pelos curdos, ocorrendo alguma instabilidade e tomadas de posições militares.
No Irão os curdos expressam a sua identidade cultural livremente mas os direitos de governo e de auto-administração são negados. Activistas de direitos humanos curdos no Irão têm sido ameaçados e perseguidos pelas autoridades iranianas.
Curdos na Síria
Correspondem a 15% da população da Síria, aproximadamente 1,9 milhões de pessoas, fazendo dos curdos a maior minoria étnica do país e concentram-se maioritariamente no norte.
Activistas de direitos humanos curdos, assim como em outros países, são maltratados e perseguidos, não sendo permitida a criação de qualquer partido político.
As autoridades síris proibiram:
O uso da língua; o registo de crianças com nomes curdos; negócios que não tenham nomes árabes; escolas privadas curdas e livros e outros materiais escritos em curdo.
Sem o direito à nacionalidade síria, cerca de 300 mil curdos são privados de quaisquer direitos sociais, violando-se as leis internacionais.
Fevereiro de 2006 – primeiros relatos da permissão do governo sírio em conceder cidadania a curdos, ainda sem qualquer acção oficial.
Curdos na Arménia
1930 a 1990 – A Arménia fez parte da União Soviética e os curdos, como outros grupos étnicos, tinham o estatuto de minoria protegida. Aos curdos arménios era permitido ter o seu próprio jornal patrocinado pelo Estado, transmissões de rádio e eventos culturais.
Com o fim da União Soviética, os curdos na Arménia foram destituídos dos seus privilégios culturais e a maioria fugiu para a Rússia ou para a Europa Ocidental.
Diáspora Curda
Relatório do Conselho da Europa:
1,3 milhões de curdos vive na Europa Ocidental, enquanto que 100 mil curdos imigraram para os Estados Unidos, 50 mil para o Canadá e 15 mil para a Austrália.
• 1960 - Primeiro imigrantes curdos oriundos da Turquia estabeleceram-se na Alemanha, Áustria, Bélgica, Países Baixos, Luxemburgo, Reino Unido, Suíça e França.
• 1980 a 1990 – Períodos sucessivos de instabilidade no Médio Oriente causaram novas ondas de refugiados, a maioria vinda do Iraque e do Irão.

Curdos, um povo sem Estado
O Estado curdo previsto pelo Tratado de Sèvres nunca foi criado, não exercendo o povo curdo oficialmente qualquer soberania sobre qualquer território. Os curdos continuam dispersos numa vasta região transfronteiriça supermilitarizada. Com excepção do “Estado Federado Curdo”, os curdos parecem condenados a viver sob governos que ignoram os seus direitos.

País Basco (Euskadi)



Geografia
O País Basco é uma região montanhosa, junto aos Pirenéus virada para o Golfo de Biscaia, no extremo Norte de Espanha e extremo sudoeste de França. É constituído por sete regiões, quatro em Espanha (Hegoalde): Biscaia, Álava, Guipúzcoa e Navarra; e três em França – Departamento dos Pirenéus Atlânticos (Iparralde): Baixa Navarra, Soule e Lapurdi.

História
O território basco é o mais antigo da Europa tal como a sua língua – o Vasconço – de origem desconhecida, não latina.
Segundo historiadores romanos já em tempos Pré-romanos a zona do actual País Basco era habitado por tribos que falavam línguas muito similares com o actual Euskera (ou Vasconço). A Romanização foi muito forte nestas regiões, visível através de testemunhos em importantes cidades.
Com as Invasões Bárbaras e a queda do Império Romano formaram-se reinos visigodos e francos, emergindo o Ducado da Vascónia.
No séc. IX e X, o Reino de Nájera-Pamplona alcança a maior expansão territorial. Em 1035, com a morte de Sancho III, o reino é dividido, surgindo Navarra, Aragão e Castela.
Em 1200, Navarra perde os territórios de Álava, Guipúzcoa e Duranguesado, anexados pelo monarca castelhano.
Durante muito tempo as Províncias Bascas francesas conservaram as suas leis tradicionais, contudo esta situação muda com a Revolução Francesa).
Movimentos autonomistas e independentistas
Diversas organizações buscam a maior autonomia e até mesmo a independência do pais Basco, o Partido Nacionalista Basco, Eusko Alkartrsuna, entre outros. Alguns foram considerados ilegais pela Justiça espanhola por supostas ligações com o grupo terrorista, ETA.
ETA
Organização Euskadi ta Askatasuma - grupo que pratica terrorismo como meio para alcançar a independência da região do País Basco.
Ideologia separatista marxista - leninista e revolucionário. Criado em 1959 tem origem no Partido Nacionalista Basco que sobreviveu na clandestinidade durante a ditadura de Franco.
É classificada de terrorista pela Espanha, França, E.U.A, UE e Amnistia Internacional.
Primeira assembleia da ETA – 1962
Regeneração histórica, considerando a historia basca como um processo de construção nacional.
O que define a nacionalidade basca é a Eustera
Define-se como movimento não religioso.
O socialismo
A independência do pais basco, competivel com o federalismo europeu.

Segunda Assembleia – Bayona, Primavera de 1963

Definição da ideologia da ETA, atribui afinidades com o movimento comunista.

Terceira Assembleia – Abril de 1964
Luta armada para alcançar os objectivos
Ruptura com o PNB (Partido Nacionalista Basco)

1º Atentado – 1968
Assassinato de um guarda civil José Arcay e chefe da politica melitém mamanzos. Foi o primeiro atentado de grande repercussão. Em 1970, vários membros do ETA são julgados e condenados à morte durante o progresso de Burgos, mas a pressão internacional fez com que a pena fosse alterada, mesmo tendo sido aplicada a outros membros do ETA. O atentado de maior repercussão durante a ditadura ocorreu em Dezembro de 1973, com o assassinato do almirante e presidente do governo Luís Carrero Blanco, em Madrid, acção que foi aplaudida por muitos exilados políticos.

Atentado em Madrid
No dia 30 de Dezembro de 2006 a ETA provocou a explosão de um carro – bomba, num piso do estacionamento do moderno terminal 4, do aeroporto de bajaras, em Madrid. As autoridades espanholas receberam avisos da organização ETA com duas horas de antecedência. As autoridades conseguiram evacuar, a tempo, o local.
Acredita-se que vinte mil pessoas ocupavam as instalações do terminal aéreo. O tráfego ficou suspenso durante um dos dias mais agitados do ano nos aeroportos da região. Dezenas de pessoas ficaram feridas e dois equatorianos faleceram. Este terminal viria a ser reinaugurado em Setembro de 2007.

Estatuto politico
O nacionalismo basco tem defendido com grande força as instituições bascas. Alguns nacionalistas defendem que o País Basco tem direito à autodeterminação , incluindo uma eventual independência. O desejo pela independência é particularmente comum entre os nacionalistas bascos de esquerda. Contudo a autodeterminação não é reconhecida na constituição espanhola de 1978.



O Grupo:

- André Guimarães, nº3
- Catarina Baptista, nº 6
- Luís Soares, nº11

Os Fundamentalismos

Plano de Trabalho:

1. Conceito de Fundamentalismo;
2. Diversas formas que ele pode assumir;
3. Localização geográfica dos conflitos;
4. Algumas manifestações fundamentalistas.


Os Fundamentalismos


O Fundamentalismo compreende toda e qualquer doutrina ou prática social, que busca seguir determinados fundamentos tradicionais, geralmente baseados em algum livro sagrado ou práticas habituais. O fundamentalista acredita nos seus dogmas como verdades absolutas, indiscutíveis, sem se abrir, portanto, à premissa do diálogo.
De um modo geral, quando se fala em fundamentalismo, é no fundamentalismo religioso que se pensa. Há, porém, outras formas de fundamentalismo: o fundamentalismo político, o fundamentalismo cultural, o fundamentalismo económico. Todavia, é o fundamentalismo religioso que tem mais expressão no mundo actual.

A Inquisição praticada pelos católicos na Idade Média assumiu-se como uma primeira forma de fundamentalismo religioso.

Actualmente, podemos citar como manifestações fundamentalistas:

Fundamentalismo de origem islâmica

Os islâmicos consideram como política básica o retorno às leis corânicas, ao espírito das leis das Sagradas Escrituras do profeta Maomé, afirmando que os costumes ocidentais resultam da preversão, consideram-no materialista e imperialista. Ao nível político, pretendem a implantação de uma República Islâmica baseada num regime teocrático (as acções políticas, jurídica e policial são submetidas às normas de alguma religião) que traduza as antigas leis corânicas inspiradas directamente na vontade do profeta. Sentem hostilidade pelas Repúblicas seculares, uma vez que consideram estar perigosamente abertas ao exterior e aos costumes ocidentais.
O importante é romper com tudo o que lhes pareça “ocidental”.
O ensino deve privilegiar a religião e as leis devem basear-se nas regras corânicas. No entanto, o que fez com que os islâmicos se destacassem no actual cenário mundial são as suas manifestações terroristas.

Fundamentalismo suicidário

O fundamentalismo suicidário é praticado por muçulmanos e parte da convicção de que o seu inimigo é o Ocidente, porque este se baseia numa perspectiva materialista e imperialista. O seu objectivo é eliminar as influências impuras do Ocidente.

Exemplo: Homens-bomba

Guerra Santa

Levada a cabo por grupos extremistas que assumem o Ocidente como inimigo. Causada por motivações religiosas. Cada religião pretende espalhar a sua doutrina através da violência.

Exemplo: Cruzadas

Al-Qaeda

Rede terrorista, liderada por Bin Laden. Tornou-se uma ameaça a nível mundial e provoca um sentimento de ameaça constante. Tem células identificadas e outras suspeitas em 68 países.

Exemplo: 11 de Setembro de 2001 (Nova Iorque); 11 de Março de 2004 (Madrid)




Fundamentalismo Verde

Baseia-se na protecção exagerada dos recursos naturais. Este movimento ganha força e notoriedade, na medida em que o sistema capitalista põe em causa a sustentabilidade, ao degradar sucessivamente as condições naturais de vida.

Própria globalização

O final do confronto EUA-URSS, a queda do Muro de Berlim e a implosão da União Soviética, quebrou o sistema bipolar das relações internacionais, permitindo a emergência e a redefinição de uma nova arquitectura do poder e da ordem internacional.
Os EUA tornam-se numa “hiperpotência”, sem rival estratégico. Circunscrevem as regras e condutas à sua vontade, determinando os limites em função dos seus próprios interesses.
A área em que mais se destaca o efeito fundamentalista é a nível militar: devastação do Iraque, genocídio dos palestinianos, colonização do Afeganistão e a penetração nas repúblicas do Cáucaso e Ásia Central.



Na sociedade reflectem-se várias manifestações fundamentalistas, em domínios tão diversos como a economia, a religião e o ambiente. Apesar dessa diversidade, o seu eixo estruturante é que todas elas se consideram possuidoras da verdade e de legitimidade, mesmo que a imposição ao outro assuma um carácter violento.





O Grupo:

- Ana Rita, nº1
- Bárbara Jorge, nº5
- João Nuno, nº8

Em Construção... " O Nosso Mundo"