segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Aplicação de Conceitos sobre Migrações

Texto 4

10 de Agosto de 2010
Coimbra, Portugal

Querida Rabat,

Portugal é um país localizado no sudoeste da Europa, cujo território se situa na zona ocidental da Península Ibérica e com arquipélagos no Atlântico Norte. O território português é delimitado a Norte e a Leste por Espanha e a Sul e Oeste pelo Oceano Atlântico; compreende a parte continental e as regiões autónomas: os arquipélagos dos Açores e da Madeira. É a nação mais ocidental do continente europeu. Mas à parte a sua situação geográfica, Portugal é um país com muitos factores de atracção como um ambiente muito agradável, principalmente no Verão devido ao tipo de clima que é propício à atracção de estrangeiros que adoram o nosso país, não só pelo que já foi dito, mas também porque os portugueses são muito acolhedores e prestáveis. E a cidade em que moro, Coimbra (fig 1), é muito calma, deve ser esse um dos motivos de existir alguns refugiados no meu bairro.

(fig 1)
Vivo na rua Infanta Dona Maria, num prédio, e divido a casa com três raparigas, também elas imigrantes internacionais. Na semana passada, em conversa, disseram-me que foram convidadas para trabalhar com arquitectas e paisagistas num projecto de um novo centro comercial que se irá construir.
Hoje fui ao minimercado e encontrei um compatriota que me confidenciou que era um imigrante clandestino e que ele e a sua família tinham entrado em Portugal como imigrantes indocumentados. Eu perguntei-lhe o motivo para ter vindo para Coimbra. Ao que me respondeu que esteve emigrado temporariamente, em Espanha, pois foi vitima de racismo e de perseguições e, por isso, requereu asilo. Agora volta à cidade para onde os pais imigraram definitivamente quando ele era criança, e, assim iria haver uma reunificação familiar.
Outro cenário que tenho observado é a pouca selectividade de imigrações. Na rua onde eu moro vivem muitos imigrantes de Leste sem qualificações académicas que vieram para Portugal em correntes migratórias.
Ah! Uma coisa muito importante, já arranjei emprego como médica cirúrgica no Hospital da Universidade de Coimbra. O meu chefe chama-me “Brain Drain”.
Apesar de já ter emprego fico um pouco preocupada quando vejo todos os dias no telejornal que a taxa de desemprego está a atingir valores nunca antes vistos, o salário mínimo é inferior ao da média europeia e a criminalidade está a aumentar. Estes factores de repulsão têm originado contra-correntes migratórias. As imigrações e as emigrações, que se fazem sentir no saldo migratório português, proporcionam uma interacção espacial e um multiculturalismo harmonioso.

(fig 2)
Quando saí de Marrocos (fig 2)por motivos de trabalho (ou melhor por falta dele), nunca pensei que integrar-me num país fosse tão fácil, devo, isso em grande parte aos portugueses.


Beijos,
Jade



Trabalho realizado por:

Sónia Vasconcelos, nº 19
Vanessa Cardoso, nº 20