segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Aplicação de Conceitos sobre Migrações

American Dream

Miami, 26 de Janeiro de 2028

Chamo-me René Préval, nasci em 1943 na República Democrática do Haiti (fig 1), onde me casei com Elisabeth Delatour, viúva do Governador do Banco do Haiti.


(fig 1)






Actualmente, resido nos Estados Unidos da América, mas foi há 18 anos que um terramoto mudou a vida da minha família e de milhões de pessoas.
No dia 12 de Janeiro de 2010, a terra começou a tremer levando à destruição o país que eu governava. Rapidamente, eu e a minha mulher saímos do Palácio Nacional para a Avenue de la Liberté e verificámos que o caos se instalara.
Na altura, a emigração parecia a escolha mais acertada. Conseguimos escapar para Port Salut, onde embarcámos em direcção às Ilhas Caimão (fig 2), nos refugiámos durante uns meses e pedimos asilo aos EUA.
O pedido foi recusado; decidimos, então, enveredar pela emigração clandestina. Levantámos parte do nosso dinheiro e fugimos para o México, meio mais fácil de entrar nos EUA.







































(fig 2)

Na Cidade do México, instalámo-nos no Hotel Presidente Intercontinental México, no bairro Condesa. A situação de estrangeiro e a falta de documentos condicionou-nos a aquisição de residência, ainda que temporária.

Acabámos por nos instalar durante cerca de dois anos num bairro da zona de Rosa, uma vez que encontrámos factores de atracção como a grande oferta cultural e nocturna e o facto de não ser constantemente frequentado pela polícia. Esta migração interna foi na altura necessária, pois fomos obrigados a adquirir documentação falsa para podermos emigrar definitivamente para os EUA.
Após dois anos na Cidade do México, comprámos os bilhetes para Miami, onde nos instalámos na Collins Avenue, Miami Beach.
Eu e a minha esposa perdemos a nossa identidade, tivemos que nos habituar a uma nova vida e a um novo país.

A República do Haiti, onde nasci, cresci e governei, nunca mais foi a mesma após o terramoto.
Graças à reunificação familiar, hoje posso ter a minha família junto de mim, como nunca devia ter deixado de estar.


Trabalho realizado por:
André Guimarães
Maria Carolina